Pr. Jose Lucio Ribeiro Filho Chegamos à época prevista no texto sagrado, escrito pelo apóstolo Paulo - II Timóteo 3.1-5 - cujo teor transcrevemos a seguir:
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobreviverão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e a mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”.
O apóstolo foi conduzido pelo Espírito do Senhor a revelar o panorama dos últimos dias, em que os homens seriam amantes de si mesmo, e isto estamos vendo; e o que prevalece entre muitos, é o seu ponto de vista egoísta, sua própria maneira de ser, a vontade egocêntrica, correta ou não, e assim, caminha a humanidade em nossos dias, sem amor para com os bons e mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, desprezando e vulgarizando a família, uma idéia de Deus, optando por relacionamentos pré-conjugais, extra-conjugais, alimentando a prostituição, o adultério, a infidelidade conjugal, pela ausência do afeto natural, embora “piedosos”, tornaram-se irreconciliáveis, pela dificuldade de perdoar, sem temer as conseqüências do que Deus qualifica como pecado letal à vida sem Deus. Concluída a lista dos vinte adjetivos, exorta à igreja: Destes afasta-te.
Destacamos acima as expressões: Sem amor para com os bons e mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, por está muito evidenciado em nossos dias, conduzindo o leitor ao tema família, a única instituição que deu origem ao casamento, criada pelo próprio Deus, para acomodar e legitimar a união de duas pessoas que se amam; observe porque:
1. O casamento é a mais íntima relação humana que existe; precede a relação entre pais e filhos.
“Portanto deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne”. (Gn. 2.24)
2. O casamento foi instituído pelo próprio Deus, sancionado e destinado aos mais elevados interesses da raça humana.
3. O casamento está tão ligado à vida, que se torna a relação humana mais importante que existe; só inferior à que há entre o ser humano e o seu Criador.
4. O êxito do matrimônio depende dos namorados, noivos e esposos, pagarem o preço e atenderem aos princípios que asseguram a concretização das esperanças à mais íntima das relações humanas.
5. O preço da felicidade conjugal consiste em disciplina própria, atitudes coerentes, lealdade, e que os cônjuges possam fundir suas personalidades harmoniosamente, e o nível de companheirismo transcenda consideração das diferenças e bens materiais.
6. Considerando a origem do matrimônio, que é parte da própria vida, as forças do mal desencadeiam a mais tremenda e odiosa manobra contra esta instituição.
7. O pecado trouxe muitas perversões na relação matrimonial; mesmo assim, não alterou o bem-estar e os prazeres do casamento que haviam no Éden antes da entrada do pecado.
OS MILAGRES ADVINDOS DO CASAMENTO
O casamento é um meio de Deus operar milagres. Consideremos as áreas da vida conjugal, onde por si sós, são conferidos milagres de Deus na vida a dois:
1. O milagre biológico.
O Criador fez um; de um fez dois, e de dois faz um. Diante do altar, através da união conjugal.
2. O milagre social.
O casamento forma uma família nuclear; a família do noiva passa a fazer parte da família da noiva e desta à daquele.
3. O milagre espiritual.
Este se realiza no casamento; é uma figura da união de Cristo com a Igreja, como o apóstolo Paulo descreve em Efésios 5.22-33.
FUNÇÕES DO MATRIMÔNIO
Mesmo que a felicidade seja para alguns, elemento ilusório no casamento, foi dito por alguém que:
“A missão do matrimônio é proporcionar felicidade”.
A felicidade depende de vários fatores, que podem ser considerados como funções características do matrimônio.
Eis aqui, quatro dessas funções:
I. O casamento pode proporcionar segurança, tanto financeira quanto emotiva.
II. Estimular o crescimento espiritual e cultural de todos os membros da família
III. Produzir e difundir o ideal de responsabilidades pessoal e colaboração entre os cônjuges.
IV. A perpetuação da raça humana.
CONCLUSÃO
Descrevemos acima algumas funções do casamento entre tantas outras, a de proporcionar a felicidade à vida conjugal, e gerar lares estruturados para enfrentarem os embates da vida e as intempéries inesperadas no próprio casamento.
O lar em que se oferece segurança financeira e sentimental é um recanto de prazer e bem-estar para a família;
O lar em que há base para o desenvolvimento espiritual e cultural sobra tempo e cuidados para se alcançar a felicidade;
Um lar em que se faz provisão para o desenvolvimento de um caráter que contribua para estabilizar a sociedade é um lar onde Deus pode ser visto nas atitudes dos que o constituem;
Um lar em que os filhos compartilham com os pais as vantagens que ele tem a oferecer manifesta a interação das suas gerações.
Esse lar será naturalmente feliz, e então, marido e mulher terão sobejas razões para compreender que seu casamento foi bem-sucedido.
Não sei se você que acaba de ler este arrazoado, está dentro ou fora da lista dos vinte adjetivos a que o apóstolo se referiu, acima transcrita, e por não sabê-lo, concito ao caro leitor, a refletir sobre o assunto e se auto-examinar, no que tange ao seu atual modo de vida diante do seu Criador, o Grande Artesão da Família, e se a si mesmo se achar incapaz de superar alguma dificuldade, peça ajuda a Deus. Ele é vivo, Ele é real, Ele ouve seus pedidos, Ele escuta a sua voz de súplica, Ele tem a solução pronta para as suas dificuldades, porém, saiba que Ele tem todo o direito de provar-lhe as intenções, sondar-lhe coração e a mente, e então, decidirá o momento certo de atendê-lo. Mas o atenderá, certamente, se você não desvanecer em buscá-lo.
Que o mesmo Deus e Pai, que em Cristo Jesus nos chamou, e ainda chama à sua eterna glória, seja com todos os que O amam sinceramente. Amém.
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