PERGUNTAS QUE NÃO TEM RESPOSTAS
Pr. José Lúcio Ribeiro Filho
A soberania de Deus está tão elevada, Seu poder é tão ilimitado, Sua autoridade é tão inigualável, Sua glória e majestade tão inimitáveis, e os Seus feitos se tornam tão incríveis, que a humanidade se confunda no tocante a compreensão da Sua criação. No entanto, Deus usa a Sua grande misericórdia, para infundir luz aos homens e lhes faz declarações capazes de mostrar que Ele só tem toda a soberania e a tudo faz como lhe apraz, como manifesta o profeta Isaias:
“Lembrai-vos disto e considerai; trazei à memória, ó transgressores. Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: Que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade”. (Is. 46.8-10)
Quantos não questionam Deus! Geralmente o fazem por desconhecê-Lo, porque nunca o buscaram, ou simplesmente, por desconhecerem a Sua santa Palavra, por meio da qual Ele se revela aos homens. Certo pensador escreveu: “A ignorância é como uma noite sem lua e sem estrelas”. O que se pode ver em um panorama assim descrito? Tão pouco se tem nada a acrescentar sobre Deus, quando não se conhece os seus feitos gloriosos. Descrevo neste espaço três dos Seus grandes feitos, capazes de fazer calar a qualquer que se aventure a questioná-Lo:
1. Diariamente Deus lava as praias do mundo inteiro, duas vezes por dia; quem contestará esta verdade? As marés enchentes e vazantes o atestam.
2. Formam-se nuvens no alto mar, sobem sem auxílio de mãos humanas, tangidas por mãos misteriosas e transportam no seu interior, milhares de toneladas de água, sem que haja sob elas qualquer lâmina que as sustenham e não caem em qualquer lugar; para serem derramadas aonde Deus quer, Ele transforma esse montão de águas em finos filetes, formando às chuvas que regam a terra e faz o que Lhe apraz.
3. A população humana já povoa a terra com um número que ultrapassa os seis bilhões e meio de pessoas, todas procedentes de apenas um casal criado por Deus, à Sua imagem e semelhança, já constituindo um feito indiscutível; e pasmem: nem um desses seis bilhões e meio de seres humano tem sinais digitais semelhantes, é o que afirma a própria ciência.
Quem pode questionar a existência de um Ser tão poderoso, que planejou tudo com tantos detalhes e que comanda e domina os movimentos dos planetas, dos mares, do tempo, do vento e de tudo o que lhe apraz? Até pode o homem ter essa pretensão, mas esbarra na sua própria incapacidade de impedir ou interferir nas Suas ações, porque Ele é o Todo Poderoso, o Soberano, o Supremo e Absoluto, que fala e tudo se faz.
E quando Deus decide questionar o homem, quem poderá responder Suas indagações? Quando o fez, não houve respostas. Há cerca de quarenta e sete perguntas que Deus dirige a um homem, que nem aquele interrogado, nem qualquer outro da espécie, jamais respondeu. Tente entender a grandiosidade do questionamento de Deus:
“Depois disso, o Senhor respondeu a Jó dum redemoinho, dizendo: Quem é esse que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? Agora, cinge os teus lombos como homem, porque te perguntarei, e tu me responderás. Onde estavas tu quando eu lancei os fundamentos da terra? Faze-me saber se tens entendimento”? (Jó 38.1-4)
Foram cerca de quarenta e sete perguntas que Deus fez a Jó e nem uma delas teve resposta. Quando o interrogado se apercebeu da sua incapacidade de responder a quem tão poderosamente o indagava, simplesmente disse:
“Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. Quem é este que sem conhecimento obscurece o conselho? Por isso, falei do que não entendia; coisas que para mim eram demasiado maravilhosas, e que eu não conhecia. Ouve, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me responderás. Com os ouvidos eu ouvira falar de ti, mas agora te vêem os meus olhos. Pelo que me abomino e me arrependo no pó e na cinza”. (Jo. 42.1-6)
O homem não pode explicar Deus nem a Sua existência, e se não pode fazê-lo, é uma prova inquestionável de que, Deus, o Grande Ser Supremo existe e é real. Se alguém pudesse explicar a Sua existência, não seria necessário que Ele existisse. Deus está acima de tudo e todos.
Observem como Deus dirigiu-se a Jó:
Primeiro ele perguntou: “onde estavas quando foram postos os fundamentos da terra”. (v.4) Os cientistas afirmam que a formação da terra ocorreu há cerca de quatro a cinco bilhões de anos e isso revela porque disse Deus a Jó: Quem é esse que escurece os desígnios de Deus? Não é isso ignorância? O que diria à pergunta seguinte: “Sobre que estão fundadas a suas bases?
Quando fui secundarista aprendi que a terra tem um peso equivalente a 6.5 sextilhões de toneladas; isto me faz pensar: Como pode tamanho corpo permanecer suspenso no ar? Quem o sustenta? Poder-se-ia negar a existência de Deus ante um fato tão inusitado? Dentre as 47 perguntas que Deus fez a Jó, encontramos essa muito significativa: “Onde está o caminho para a morada da Luz? E quanto às trevas, onde é o seu lugar? (v.19)
O profeta Daniel recebeu a revelação divina de que:
“Deus revela o oculta e o escondido; conhece o que está em trevas, e com Ele mora a luz”. (Dan. 2.22)
Talvez essa profundeza de Deus tenha motivado o apóstolo Paulo a escrever:
“Oh profundidade das riquezas... quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inescrutáveis os Seus caminhos”. (Rm. 11.33)
Após a leitura deste “artigo”, recomendamos um acurado exame às questões feitas por Deus ao homem; enquadre-se às perguntas, responda a Deus como Jó respondeu, consoante o acima transcrito, e permita que Deus lhe ilumine e fale consigo; busque a Deus e empenhe-se por encontrá-Lo, e surpresas lhe advirão! Ele mesmo, Deus, em sua Palavra o convida dizendo:
“A vós ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens. Aprendei, ó simples, a prudência; entendei, ó loucos, a sabedoria. Ouví vós, porque profiro coisas excelentes; os meus lábios se abrem para a equidade. Porque a minha boca profere a verdade; os meus lábios abominam a impiedade. Justas são todas as palavras da minha boca; não há nelas nenhuma coisa tortuosa e perversa. Todas elas são retas para o que bem as entende e justas para os que acham conhecimento. Aceitai, antes, a minha correção, e não a prata; e o conhecimento, antes que o ouro escolhido”. (Pv. 8.4-10) “Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia”.
Concluo apresentando a salvação planejada por Deus, reconhecida por ilustres intelectuais: “Deus não tem compromisso com a nossa fé, mas, sim, com a Sua Palavra, e, consequentemente, com a fé que brota da Palavra”. (H.M.Costa)
“Deus não frustra a esperança que Ele mesmo produz em nossas mentes por meio da Sua Palavra”. (J. Calvino)
Deus planejou a salvação divina para o homem, a despeito do estado de pecado em que se encontra. O Senhor prometeu efetuar a nossa salvação por meios espirituais, em perfeito acordo com a Sua santidade, justiça e amor. Foi perseverante em atingir o Seu propósito. Ele planejou e veio consumar o que planejara na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo. Deu forma de como nos transformar em filhos Seus. (Jo. 1.12) Ele, Deus, concebeu essa salvação, antes dos tempos eternos. (Ef. 1.4-5; II Tm. 1.9) e agora que temos tais conhecimentos, Ele quer nos arrancar a ignorância espiritual em que vivemos, dizendo:
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei; aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas almas. (Mt. 11.28ss) e desde a antiguidade a sua voz clama: “Dá-me filho meu, o teu coração!” Atendê-Lo é preciso!
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