sexta-feira, 25 de março de 2011

JESUS E O LAR

JESUS E O LAR
Pr. José Lúcio Ribeiro Filho
Diretor do MFC/IEADERN


O presente comentário trás a lume, a importância das relações familiares e aponta para os ensinamentos do Senhor Jesus Cristo. Jesus caminhava com seus discípulos em direção a Jerusalém e passava pela região da Peréa, onde seu ministério durou algumas semanas. Os ensinos sublimes que ele deu acerca do divórcio foram lições importantes para todos, mormente para os farizeus, que o interrogavam sobre o assunto.

Por que o Mestre por excelência atentou para o tema: Divórcio? Porque nosso bem amado Salvador não cuida só do indivíduo; Ele vai até o lar, onde desperta o sentimento de responsabilidade de cada membro da família.

O texto sagrado que registro este episódio, está em Mc. 10.1-9 e 13-16, cujo teor é o seguinte:

“E aproximaram-se dele os farizeus, perguntaram-lhe tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher? Mas ele, respondendo, disse-lhe: Que vos mandou Moisés? E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio, e repudiar. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações deixou ele escrito esse mandamento; porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e à sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne”.

Jesus apontava para o fundamento e estabilidade da família. Havia uma coisa que servia de base para a pergunta dos frizeus, que era a dupla interpretação do texto Dt. 24.1-2. Haviam duas correntes opostas: Os seguidores de “Shammai”, opinavam que o divórcio só seria permitido no caso de adultério; e os de “Hillel”, que consideravam lícito o divórcio por quaisquer motivo de pouca monta. Eis o que está escrito em Dt. 24.1-4:

“Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa e se casar com outro homem, e este a desprezar, e lhe fizer carta de repúdio, E lha der na sua mão, e a despedir da sua casa, ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a tomá-la, para que seja sua mulher, depois que foi contaminada; pois é abominação perante o Senhor; assim não farás pecar a terra que o Senhor teu Deus te dá por herança”.

O grupo Shammai, que era um reputado código de moral daquele tempo, interpretava o termo: coisa indecente do texto bíblico acima dado, como adultério.

O grupo Hellel, o interpretava como sendo qualquer coisa desagradável nas esposas, como falta de afeição, antipatia ou desobediência.

Quando os farizeus fizeram essa pergunta a Jesus, tiveram a intenção de alcançar os seguintes propósitos:

(a)- atrair sobre a pessoa de Jesus, o ódio de certas pessoas;
(b)- se Jesus declarasse ilícito o divórcio, teria contra si mesmo os mais influentes da sociedade daquele tempo;
(c)- se declarasse lícito o divórcio, contradizia os ensinos de Shammai.

Como sempre fez, Jesus respondeu aos seus inquiridores, perguntando-lhe o que Moisés havia ensinado; em resposta disseram-lhe: “Moisés recomendou dar a carta de divórcio”. Nos parece que o Senhor Jesus até achou justa a resposta dos farizeus, mas na Sua Onisciência, sabia qual foi a razão porque Moisés lhes havia dado esse mandamento, afirmando: “Por causa da dureza do vosso coração”. Assim, quis lhes dizer que se não houvesse a dureza de coração, tal lei não teria sido dada; estava claramente manifesto, que o povo não se conformava com a pureza da Lei de Deus. O Senhor conduziu o raciocínio deles para a origem do casamento, mostrando-lhes a unidade e indissolubilidade do casamento.

OS EFEITOS DO DIVÓRCIO

O divórcio prepara uma sociedade dissoluta, sem o temor a Deus. A dureza de coração levou-os a contrariar um princípio divino dado desde o começo da criação, que foi: “os dois serão uma só carne”. O Senhor Jesus encerrou a questão acrescentando: “Não separe o homem o que Deus ajuntou”. Mt. 19.6

APLICAÇÃO

Um lar sem Jesus não pode haver garantia na família. Mas quando Jesus está no lar, os laços do matrimônio se tornam fortes, e mais fortalecidos ainda, quando os membros da família obedecem ao Senhor. Um lar sem Cristo é uma casa sem fundamento. O código de uma família bem ajustada deve ser a vontade de Cristo. Os esposos que trabalham para Cristo fazem a felicidade do lar.

O lar começou no Éden; Deus o instituiu entre os primeiros habitantes do mundo, unindo-os pelos laços do matrimônio; sua característica sempre foi a que Deus o moldou: Uno. O contrário disto é a poligamia, que é de origem pagã, e, é a perversão de todas as sociedades que não conhecem a obra de Cristo.

O lar foi criado para ser estável; a garantia da sua estabilidade é o mandamento de quem o instituiu, que determinou: “Não separe o homem o que Deus ajuntou”. A sociedade está ameaçada de ruir, porque o homem não quer se conformar com a instituição divina. Na verdade, Deus não quer a separação dos pares; o que Ele realmente quer, é a união dos cônjuges, a base da sua própria felicidade.

No lar, onde Cristo vive, há união e não há necessidade de divórcio, que é uma conseqüência da dureza de coração. Esta é uma lei imutável, originária do Imutável Deus. Optar por ajustar-se a ela, é um ato de sabedoria e sensatez. Deus abençoe a todos os que se dispõem a segui-la!

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O propósito de Deus para a família


“Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesmo não subsistirá” (Mateus 12:25).

A família foi colocada como um projeto de Deus para ser um lugar de bênçãos e um espelho para a sociedade do que é o Reino de Deus. Deus não exige que tenhamos famílias perfeitas, mas famílias baseadas na integridade e união em Seu projeto.

A mão divina aparece quando vemos duas pessoas diferentes se unindo e através dessa união, conseguem fazer com que possam andar em concordância sem quebrar Suas leis.

Os relacionamentos devem ser sustentados em união e fortalecidos diante dos problemas e dificuldades. Quanto maiores as adversidades que um casal divide, mas ficarão unidos.

Estar em acordo não significa pensar igual. Estar de acordo é chegar a um consenso diante de alguma situação que venha a dividir opiniões. E é preciso não esquecer: precisamos aprender a ceder!

Muitos pensam que, por ser o homem o cabeça da família, ele sempre estará certo e sempre terá a ultima palavra. É preciso lembrar que entre pessoas maduras, existe a negociação. Deus deixou os erros das antigas pessoas como ensinamento, para que possamos evitá-los.

Sempre que Deus quer tomar alguma iniciativa na Terra, Ele procura uma família. Receber um chamado de Deus requer entendimento dessa missão e pedir a a Sua graça e agradecer o privilégio de contribuir com este mundo através da família.

Verdade ou Mentira


Verdade ou Mentira

01 Mentira: Casamento é um contrato.
Verdade: Casamento é uma aliança criada por Deus.
02 Mentira: Eu amo você, não sua família!
Verdade: Você não casou somente com seu cônjuge; ganhou o pacote completo.
03 Mentira: Nós somos diferentes demais.
Verdade: Incompatibilidade ou diferenças não matam um relacionamento. Como você lida com as diferenças do outro é o que conta.
04 Mentira: Eu perdi o amor que eu sentia por você...
Verdade: O amor pode ser restaurado por Deus.

05 Mentira: Um casamento mais tradicional poderá salvar-nos.
Verdade: A intenção de Deus é gerar a unidade de uma só carne.

06 Mentira: Não posso mudar - sou assim mesmo; é pegar ou largar.
Verdade: Eu posso mudar, mas isso requer desejo, obediência e força.

07 Mentira: Está tudo acabado. Nada pode mudar esse relacionamento.
Verdade: Nunca é tarde demais, porque para Deus tudo é possível.