sexta-feira, 15 de abril de 2011

A LEI DO MEU ENTENDIMENTO

Pr. José Lúcio Ribeiro Filho

O apóstolo Paulo escreveu sobre uma lei que não era a Lei escrita por Moisés, o grande legislador, mas outra lei que batalhava dentro dele, consoante sua afirmação: A Lei do Meu Entendimento, objeto desta reflexão. Eis o teor:

“Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros”. (Rm. 7.23)

Essa lei de que Paulo se refere, tem nome. Ele a qualifica em declaração anterior ao texto supra transcrito:

“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho, então, esta lei em mim: que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? (Rm. 7.18-24)

Imaginemos essa lei em funcionamento na vida de duas pessoas que se unem pelos laços do sagrado matrimônio, se decidirem viver por conta e risco de seus egoísmos! Sem cederem lugar às normas divinas para o casamento! Querendo, cada um, disputarem autoridade e comando na gestão da família! O que se abstrair de um casal assim?

O NAMORO

Para a constituição de uma família, há toda uma trajetória a percorrer, com rítimo desacelerado, desde o namoro, até o casamento. No percurso, um homem e uma mulher se conhecem e começam a troca de elogios, de palavras afáveis, carinhosas, e afetivas, e entram na primeira fase, que é o namoro; período de descobertas das qualidades um do outro, geralmente, muito boas e atrativas, e decidem avançar para o noivado.

O NOIVADO

É nessa nova fase, a do noivado, que chegam a conclusão, que conhecidas as boas qualidades, e o desejo de se unirem pelos laços do sagrado matrimônio, consciente de que já se conhecem o bastante, e que se dizem amar um ao outro, o suficientemente, e querem viver juntos pelo resto da seus vidas, que determinam entra no Sistema de Deus de Unidade, se preparam para o grande e decisivo passo: O casamento. Esta é a lei que revela como funciona o entendimento dos dois, qualificada pelo apóstolo Paulo: A lei do meu entendimento; tema desta reflexão.

O CASAMENTO

Decididos, partem para o casamento. Dão início à conquista do que até então, era apenas um sonho. Planejam em tudo: adquirirm os bens necessários para comporem o lar; pensam também na família, na multiplicidade da espécie, nos mínimos detalhes da festa, e partem juntos, para o grande dia. Finalmente, o dia é chegado! Já estão de posse dos anéis que simbolizam a aliança entre os dois, da indumentária das bodas, da lista de convidados, do local da celebração, enfim, tudo preparado. Casam-se. Se recebem mutuamente: Esposo e esposa. E agora? Agora, tem início a vida a dois. Essa nova fase não se vê falhas ou defeitos um no outro. Tudo é perfeito; o amor á tangível; a conjunção carnal é o que conta. Tudo, absolutamente tudo são flores. Um mar de rosas. Defeito? Nem pensar! É um par perfeito! Por que quando passam desse estágio tendem a se esquecerem das boas qualidades encontradas um no outro, nos moldes das fases anteriores, quais sejam, a do namoro, a do noivado, e a do início do casamento, quando então, tudo era tolerável?

Nos últimos tempos tem-se observado que, não muito depois do casamento, alguns até deixam de praticar o que era habitual no começo da vida a dois; o carinho, o afeto, os elogios, os afagos, são negligenciados; a compreensão mútua, o respeito recíproco, a harmonia e a cumplicidade entre os dois tende a desaparecer, sendo esta a melhor fase de desfrutar a companhia um do outro, com mais maturidade, uma vez que já têm adquirido uma noção melhor da união conjugal, e já foram premiados com a aparição de filhos à família, e a conquista da casa própria e tantas outras no tempo decorrido. Tudo o que fora tão pretendido e desejado quando faziam os planos para o casamento. Aquilo que os unia no começo, agora é motivo de descontentamento, de stress, de briguinhas descabidas. Seria a outra lei que batalha contra a lei do entendimento? O apóstolo de Cristo chama isto de: a lei que prende os dois debaixo do pecado que está em seus próprios membros. Quanto a ele mesmo, se achou em meio a um perigo eminente, e acrescentou:

“Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm. 7.24)

Tenho percebido nos aconselhamentos, entre vários casais, que depois de alguns anos de convivência juntos, os valores da família tendem a desaparecer; o amor é substituído pelo ódio, a empatia pelo desprezo, a simpatia pela antipatia, a paz pela “guerra”. Não é isto aos olhos do instituidor da família, pecado? Não se está transgredindo os princípios sagrados dados para a vida matrimonial? Podemos afirmar: Sim. Pior do que simplesmente pecado, é a batalha que isso gera no esposo ou na esposa ou em ambos, contra a lei do bom entendimento, contra as regras do casamento, que foram estabelecidas pelo próprio Deus, como se isso não trouxesse conseqüências desastrosas para os dois e na maioria das vezes para os pais e para os filhos, as maiores vítimas da insensata atitude dos seus genitores. Antes que o casamento chegue a esse desastroso estágio, é possível evitar essa ação danosa à família: Apelar para quem tem a solução para todos os problemas. Quem é esse? Deus, o grande Artesão da família, por nosso Senhor Jesus Cristo; Ele pode ajudar aos cônjuges, que sincera e honestamente, desejam ter o seu matrimônio restaurado e nunca optarem pela sua destruição, tanto mais que da parte de Deus está dito:

“Venerado seja entre todos, o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adultérios Deus os julgará”. (Hb. 13.4)

Concito neste ato, a todos os casais, leitores desta reflexão, que meditem sobre os bons momentos que já viveram juntos. Voltem à prática das primeiras obras. (Ap. 2.5) reavendo e rebuscando os valores da família, da sua família, não a deixe fenecer. Ponham em prática as boas coisas que faziam no começo, seguindo a recomendação do Senhor Jesus Cristo, de negar-se a si mesmos, tomarem a sua “cruz” e seguirem firmes, lado a lado, par e passos, de mãos dadas, priorizando uma convivência respeitosa entre si, sabendo que Deus assiste as suas vidas a cada passo; dêem bons exemplos a vossos filhos, sejam boas referências para os seus contemporâneos, zelem seu casamento, glorifiquem ao vosso Deus, proporcionem aos seus sogros o orgulharem-se de vós, quer como pessoas, quer como genros, quer como filhos honrados e sejam felizes para sempre. É possível, sim! Deus vos abençoe!










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O propósito de Deus para a família


“Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesmo não subsistirá” (Mateus 12:25).

A família foi colocada como um projeto de Deus para ser um lugar de bênçãos e um espelho para a sociedade do que é o Reino de Deus. Deus não exige que tenhamos famílias perfeitas, mas famílias baseadas na integridade e união em Seu projeto.

A mão divina aparece quando vemos duas pessoas diferentes se unindo e através dessa união, conseguem fazer com que possam andar em concordância sem quebrar Suas leis.

Os relacionamentos devem ser sustentados em união e fortalecidos diante dos problemas e dificuldades. Quanto maiores as adversidades que um casal divide, mas ficarão unidos.

Estar em acordo não significa pensar igual. Estar de acordo é chegar a um consenso diante de alguma situação que venha a dividir opiniões. E é preciso não esquecer: precisamos aprender a ceder!

Muitos pensam que, por ser o homem o cabeça da família, ele sempre estará certo e sempre terá a ultima palavra. É preciso lembrar que entre pessoas maduras, existe a negociação. Deus deixou os erros das antigas pessoas como ensinamento, para que possamos evitá-los.

Sempre que Deus quer tomar alguma iniciativa na Terra, Ele procura uma família. Receber um chamado de Deus requer entendimento dessa missão e pedir a a Sua graça e agradecer o privilégio de contribuir com este mundo através da família.

Verdade ou Mentira


Verdade ou Mentira

01 Mentira: Casamento é um contrato.
Verdade: Casamento é uma aliança criada por Deus.
02 Mentira: Eu amo você, não sua família!
Verdade: Você não casou somente com seu cônjuge; ganhou o pacote completo.
03 Mentira: Nós somos diferentes demais.
Verdade: Incompatibilidade ou diferenças não matam um relacionamento. Como você lida com as diferenças do outro é o que conta.
04 Mentira: Eu perdi o amor que eu sentia por você...
Verdade: O amor pode ser restaurado por Deus.

05 Mentira: Um casamento mais tradicional poderá salvar-nos.
Verdade: A intenção de Deus é gerar a unidade de uma só carne.

06 Mentira: Não posso mudar - sou assim mesmo; é pegar ou largar.
Verdade: Eu posso mudar, mas isso requer desejo, obediência e força.

07 Mentira: Está tudo acabado. Nada pode mudar esse relacionamento.
Verdade: Nunca é tarde demais, porque para Deus tudo é possível.