Pr. José Lúcio Ribeiro Filho
O cristianismo santifica e enobrece o lar, a sede da família. A convivência cotidiana do casal cristão representa e encarna o amor fecundo de Cristo à sua Igreja e eleva o casamento a uma nova dignidade e realidade transcendental ou ao plano da santificação.
O amor é fecundo, porque tem a força de se reproduzir. Se o lar está sem Cristo e sem o temor a Deus, se torna infeliz e sem proteção; porém, Cristo e a força do amor a trás de volta.
O lar é a sede da família, onde se precisa ouvir a voz da oração, a meditação diária na santa Palavra de Deus, e onde a esperança cristã é conhecida.
O amor sacrificial: Carta a uma filha perdida: Ela estava envolvida no submundo. Inicialmente tudo parecia ser interessante; mas com o tempo se demarcava a realidade: Nada mais do que miséria. Embora ainda se divertisse com seus amigos e amigas, no íntimo de seu coração fazia-se sentir a saudade de uma filha perdida. Durante todos estes anos a mãe esperava por sua filha. Queria ir ter com ela, queria procurá-la, mas aonde? Porém, o amor encontra sempre um meio. Então aquela mãe passa a escrever uma carta. Mas, para onde? Mesmo para a polícia de crimes, o endereço e sua filha, há anos permanece desconhecido. Ela manda confeccionar muitos retratos com sua face, já enrugada de aflição; prega-os em papel e escreve em baixo:
Volte ao lar! Sua mãe espera por você!”
Esses quadros ela leva aos bares e restaurantes do submundo, onde pede permissão de afixá-los em lugares visíveis. Não seria um esforço em vão? Sua filha o lerá? Ela atenderia ao chamado? Fora está escuro. Em um bar, uma banda toca a música de uma cançoneta depravada. Uma jovem mulher de alma vazia e vida arruinada vagueia àquele covil de pecados. Repentinamente, ela pára estarrecida. Na parede ela avista o retrato de uma mulher idosa. Um grito dilacerante se ouve: Mãe! Em algumas horas ela se vê abrigada em casa nos braços de sua mãe. Vejam amigos: Aqui estão oito palavras que também expressam o conteúdo da carta que Deus dirige a você:
Volte ao lar! Alguém que o ama, espera por você!
No aconchego do lar Deus opera transformação, quando Cristo é convidado a entrar ali.
O LAR E A FAMÍLIA
O lar Cristão é a sede de uma família que tem esperança. Nele divisamos: 1- o casal; 2- os filhos e 3- a convivência cristã.
01.O casal. É de se esperar que ambos sejam crentes em nosso Senhor Jesus Cristo, pois o jugo desigual é pesado no matrimônio. Em Marcos 10.2-9, lemos: “E aproximando-se alguns fariseus, o experimentaram, perguntando-lhe: É lícito ao marido repudiar sua mulher? Ele lhes respondeu: Que vos ordenou Moisés? Tornaram eles: Moisés permitiu lavrar carta de divórcio e repudiar. Mas Jesus lhes disse: Por causa da dureza do vosso coração, ele vos deixou escrito esse mandamento; porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso deixará o homem a seu pai e mãe e unir-se-á com sua mulher, e serão os dois uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”.
O trecho considera o casal, e insiste na solenidade do laço que une os dois; e para haver um casamento feliz, é preciso o casal ter certas qualidades, tais como:
(a)- Amor mútuo. O amor mútuo tem prazer em sacrificar-se pelo amado. Quando os atritos sobrevêm, é o amor que os atenuará. Quando as opiniões divergem, é o amor que evitará contendas.
(b)- Comunhão espiritual. Esta comunhão precisa ser cultivada. É sempre possível haver uma convivência social entre os dois, se houver comunhão espiritual.
(c)- Oração comum. (I Pd. 3/7) É um precioso privilégio os casados orarem juntos; mas cousas que parecem bem pequenas poderão impedir essa comunhão em oração.
(d)- Paciência e simpatia. O casal deve adotar a continuação da mesma simpatia que havia no namoro.
02. Os Filhos. (Dt. 4.9-10 e 11.19-21) Aos pais compete cultivarem a vida espiritual dos seus filhos. Os textos lidos frisam a importância desse dever, muitas vezes esquecidas, até entre os próprios crentes. Para haver influência espiritual, é preciso haver confiança; e para ganhar confiança, é preciso haver simpatia. Porém, muitos pais não têm simpatia com os interesses dos meninos; nunca brincam com, nunca passeiam, nunca conversam com eles.
03.Convivência Cristã. É inestimável e de imenso valor, o testemunho cristão no lar. Quando reina o amor no lar, os pais, pelo seu exemplo, santo e sereno, ganham a admiração dos filhos. Esses obediente e satisfeitos dão prazer aos seus pais; os vizinhos admiram a convivência harmoniosa, ainda que não saibam a fonte dela.
Deus se importa com o casamento; com o casal, com os filhos, com a família em si mesma. Vem de Deus a declaração:
“Digno de honra seja entre todos o matrimônio, bem como o leito conjugal sem mácula; quanto aos que se prostituem e aos adúlteros, Deus os julgará”. (Hb. 13.4)
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